{"id":19611,"date":"2022-07-12T15:03:01","date_gmt":"2022-07-12T15:03:01","guid":{"rendered":"https:\/\/www.mmt.pt\/?p=19611"},"modified":"2022-08-10T04:05:48","modified_gmt":"2022-08-10T04:05:48","slug":"orgaos-do-processo-de-insolvencia","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.mmt.pt\/artigo\/orgaos-do-processo-de-insolvencia\/","title":{"rendered":"\u00d3rg\u00e3os da Insolv\u00eancia – Vocabul\u00e1rio Essencial"},"content":{"rendered":"\n

O processo de insolv\u00eancia implica a cria\u00e7\u00e3o de um sistema de \u00f3rg\u00e3os, ao qual se atribuem compet\u00eancias diversas relativamente aos efeitos da insolv\u00eancia sobre a massa insolvente, sobre os credores e sobre o pr\u00f3prio devedor.<\/p>\n\n\n\n

O insolvente<\/strong><\/h4>\n\n\n\n

O legislador consagrou, entre n\u00f3s, o crit\u00e9rio da autonomia patrimonial, em vez da personalidade jur\u00eddica, a fim de definir a suscetibilidade de um indiv\u00edduo de ser objeto de um processo de insolv\u00eancia. Enumerou, no artigo 2.\u00ba do CIRE, uma s\u00e9rie de entidades sujeitas ao processo de insolv\u00eancia, desde particulares, comerciantes ou empres\u00e1rios em nome individual, sociedades comerciais e civis sob a forma comercial, sociedades profissionais, cooperativas, patrim\u00f3nios aut\u00f3nomos, entre outros. N\u00e3o est\u00e3o abrangidos, todavia, as entidades publicas, empresas de seguros ou institui\u00e7\u00f5es de cr\u00e9dito ou sociedades financeiras.<\/p>\n\n\n\n

 Leia mais sobre o insolvente<\/a><\/p>\n\n\n\n

 O processo de insolv\u00eancia<\/a><\/p>\n\n\n\n

O Tribunal<\/strong><\/h4>\n\n\n\n

S\u00e3o competentes para o julgamento dos processos de insolv\u00eancia e dos processos especiais de revitaliza\u00e7\u00e3o os ju\u00edzos de com\u00e9rcio [cf. artigo 128.\u00ba, n.\u00ba 1, a) da Lei da Organiza\u00e7\u00e3o do Sistema Judici\u00e1rio (LOSJ)]. Em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 compet\u00eancia territorial, \u00e9 competente o tribunal da sede ou do domic\u00edlio do devedor, sendo igualmente competente o tribunal do lugar em que o devedor tenha o centro dos seus principais interesses.<\/p>\n\n\n\n

O administrador da insolv\u00eancia<\/strong><\/h4>\n\n\n\n

A figura do administrador de insolv\u00eancia surge face \u00e0 desconfian\u00e7a na capacidade de administra\u00e7\u00e3o do devedor, que a sua insolv\u00eancia naturalmente pressup\u00f5e. Assim, \u00e9 atribu\u00eddo ao administrador de insolv\u00eancia, enquanto entidade aut\u00f3noma da pessoa do devedor, o controlo da massa insolvente, proceder \u00e0 sua administra\u00e7\u00e3o e liquida\u00e7\u00e3o e repartir (ratear) pelos credores o respetivo produto final. <\/p>\n\n\n\n

 Leia mais sobre o administrador da insolv\u00eancia<\/a><\/p>\n\n\n\n

 Administrador judicial VS. Administrador de insolv\u00eancia<\/a><\/p>\n\n\n\n

Os credores<\/strong><\/h4>\n\n\n\n

S\u00e3o credores da insolv\u00eancia todos os titulares de cr\u00e9ditos de natureza patrimonial que reclamem junto do Administrador de insolv\u00eancia a exist\u00eancia sob o insolvente, ou que sejam garantidos por bens integrantes da massa insolvente, cujo fundamento seja anterior \u00e0 data da declara\u00e7\u00e3o de insolv\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

A comiss\u00e3o de credores<\/strong><\/h4>\n\n\n\n

Este \u00f3rg\u00e3o da insolv\u00eancia destina-se essencialmente a representar as diversas classes de credores da insolv\u00eancia, e a permitir a fiscaliza\u00e7\u00e3o pelos credores da atividade do administrador da insolv\u00eancia e a prestar-lhe colabora\u00e7\u00e3o (artigo 68.\u00ba, n.\u00ba 1 do CIRE). Todavia, n\u00e3o \u00e9 um \u00f3rg\u00e3o obrigat\u00f3rio, uma vez que o juiz pode determinar a inexist\u00eancia de comiss\u00e3o de credores, em aten\u00e7\u00e3o \u00e0 ex\u00edgua dimens\u00e3o da massa insolvente, \u00e0 simplicidade da liquida\u00e7\u00e3o ou ao reduzido n\u00famero de credores da insolv\u00eancia. Tamb\u00e9m a assembleia de credores pode prescindir da comiss\u00e3o de credores. <\/p>\n\n\n\n

A assembleia de credores<\/strong><\/h4>\n\n\n\n

A reuni\u00e3o de todos os credores numa assembleia justifica-se, face ao cariz coletivo da execu\u00e7\u00e3o no processo de insolv\u00eancia, que implica a necessidade de coordena\u00e7\u00e3o das pretens\u00f5es dos diversos credores nas delibera\u00e7\u00f5es da assembleia, em que cada credor vota com base no montante dos seus cr\u00e9ditos (artigo 73.\u00ba do CIRE).<\/p>\n\n\n\n

A leitura deste conte\u00fado n\u00e3o dispensa a consulta da legisla\u00e7\u00e3o em vigor<\/p>\n\n\n\n


Os conte\u00fados apresentados est\u00e3o protegidos pelos direitos de autor e demais direitos de propriedade intelectual. Qualquer c\u00f3pia, reprodu\u00e7\u00e3o, difus\u00e3o, total ou parcial, destes conte\u00fados atrav\u00e9s de qualquer procedimento \u00e9 il\u00edcita e pun\u00edvel por lei. Copyright \u00a9 MMT – 2022 – Todos os direitos reservados.<\/p>\n\n\n\n

 <\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O processo de insolv\u00eancia implica a cria\u00e7\u00e3o de um sistema de \u00f3rg\u00e3os, ao qual se atribuem compet\u00eancias diversas relativamente aos efeitos da insolv\u00eancia sobre a massa insolvente, sobre os credores…<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":19613,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"inline_featured_image":false,"footnotes":""},"categories":[181],"tags":[],"aioseo_notices":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.mmt.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19611"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.mmt.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.mmt.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.mmt.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.mmt.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=19611"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/www.mmt.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19611\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":20906,"href":"https:\/\/www.mmt.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19611\/revisions\/20906"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.mmt.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media\/19613"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.mmt.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=19611"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.mmt.pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=19611"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.mmt.pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=19611"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}